Sem dúvida alguma, para motor sobrealimentado(não só para o sobrealimentado, mas para todos os motores, mas quanto mais é exigido, mais se beneficia com um óleo de qualidade superior) o óleo sintético é o mais recomendado. Isso se explica pelo fato do motor turbo trabalhar com pressão de óleo baixa na marcha lenta(pois vc rouba pressão da bomba para levar óleo até o mancal da turbina), unido a alta temperatura que o óleo entra em contato com o mancal da turbina(o óleo além de lubrificante é também o arrefecimento do mancal), provoca uma situação severa para o lubrificante. Um óleo mineral não consegue manter sua faixa de viscosidade inicial nessas condições, e aí que vc nota que a pressão do óleo passa cair cada vez mais conforme faz uso severo do motor. Já o óleo sintético, além da capacidade de reduzir atrito mesmo com pouca renovação(vazão) e pressão, ele é capaz de manter sua viscosidade próxima da inicial em condições adversas, que jamais o mineral seria capaz.Dentista escreveu:E dae Matheus! Só mais uma duvida...pra carro que foi turbinado, que oleo vc recomendaria?
Muita gente fala pra usar o oleo mineral...mas com intervalo de trocas menor. No meu caso estou fazendo isso...trocando a cada 3000km no maximo. O oleo que tenho usado é o Valvoline Super Competition 20W50 SL. ..o q vc acha?
FAloww! Abraço!!
Vc adiantar a troca do óleo mineral, esta apenas garantido que seu motor não rode com um óleo oxidado, mas isso não "aumenta" as qualidades do óleo, continua sendo um óleo mediocre em vários sentidos comparado aos óleos puramente derivado de vegetais.
Em muitos casos, o óleo mineral com menos de 4.000km, já perdeu várias de sua propriedades. e já esta bem oxidado, enquanto um óleo sintético vira o dobro de quilometragem sem oxidação aparente. Por isso existem muitos carros importados que trocam óleo somente a cada 20.000km.
Olá amigo..Concordo em partes, porém a formação de borras tem muito "a ver" com contaminação pelo combustível de baixa qualidade utlizado no veículo. E outra, pelo preço de 01 troca de óleo 100% sintético (semi-sintético é "conversa-pra-boi-dormir") você troca 03 vezes pelo óleo mineral... diminua o intervalo das trocas e está tudo certo.
Então, a formação de borras não ocorre por contaminação do combustível, mas sim apenas pelo fato do óleo mineral ser originado do petróleo, e todo derivado de petróleo forma borras ao longo do tempo quando fica em contato direto com algo. É igual ocorre com a gasolina, que também é originada do petróleo.
Quanto sua analogia de 03 trocas de mineral ser mais barato que 01 troca de sintético, isso realmente procede. Mas eu prefiro fazer 1 troca de sintético do que mil trocas de mineral. Eu não coloco óleo mineral nem em minha moto 125cc que só uso para ir a faculdade.
Como eu disse acima, por mais que vc antecipe as trocas, e faça as mesmas frequêntes, vc não irá "melhorar" as propriedades do óleo mineral.. Ele continuará sendo um óleo mediocre... vc estará apenas evitando que o mesmo oxide.
Enquanto vc faz 03 trocas de mineral a cada 3000km, o óleo sintético a 9000km ainda nem oxidou, e ainda garantiu a lubrificação ideal do motor, e o importante: sem formação de borras.
É legal esse procedimento, mesmo ele não resolve o problema da viscosidade incorreta para o clima, que ocorre durante a primeira partida.Bom, aí também está perfeita sua colocação, mais os problemas relacionados a viscosidade x temperatura são facilmente solucionados com uma medida simples e fundamental (a meu ver): quando acionar o carro pela primeira vez ao dia, deixá-lo em ponto-morto, marcha lenta, por 02 ou 03 minutos, visando estabelecer parâmetros corretos de lubrificação em todas galerias e regiões do motor. Também ando de forma muito tranquila com minha Picape (e essa regra se aplicou a todos os meus carros anteriores...) nos primeiros kilômetros de rodagem... giros reduzidos, trocas de marcha macias, etc e tal...
Todo motor possui um atraso na bomba de óleo, até que a mesma consiga fornecer pressão e vazão de óleo correta após a partida. Então, durante a partida e até alguns segundos depois, a lubrificação do motor é feita exclusivamente do restante que ficou do último funcionamento do motor, até que a bomba encha e passe então lubrificar.
Se vc colocar um óleo muito grosso(termo técnico correto: muito viscoso) para uma região fria, vc terá um longo período para conseguir a vazão de óleo necessária para todas partes móveis do motor, e terá atrito elevado sempre nas primeiras partidas, pois o óleo fica uma "pasta"(quanto mais frio, mais viscoso)... E se vc coloca um óleo muito fino(termo técnico correto: pouco viscoso) em uma região quente, vc terá uma partida inicial também fora do ideal, pois com óleo muito fino, a bomba terá menor pressão e vazão gerada por deslocamento das engrenagens, e logo, irá demorar novamente para o lubrificante atingir as partes móveis, e depois em funcionamento, vc terá uma pressão baixa na marcha lenta, devido o óleo ser muito fino para aquelas condições(lembre-se que a bomba de óleo é mecânica e tem suas engrenagens acionadas de forma constante na marcha lenta, idependente da pressão gerada). Eu sempre digo em marcha lenta, pois em regime elevado, dificilmente um motor tem problemas de pressão de óleo baixa, já que a multiplicação é tremenda, e logo a relief valve da bomba abre deixando escapar o excedente. Sempre o problema de pressão do óleo nota-se em marcha lenta ou baixo regime, ao contrário que muitos pensam.
Cada um com sua concepção e crença. Eu não sou o dono da verdade, e apenas coloco aqui minha vivência e opinião técnica do que já presenciei e testei em meus carros(quando digo meus, não só de minha propriedade, como de clientes e amigos que já montei).Continuo com óleo mineral + trocas em curto espaço de tempo (sempre acompanhada do filtro)+ cuidados ao ligar e rodar inicialmente com o carro...
E só fazendo uma comparação para finalizar... pq será que todos carros de competições como os de BTCC, Rally, F1, Indy, American Stockcar, Le-mans, só utilizam óleo sintético?

Abraços,
Matheus S. Almeida